← Back

Livro - Book (220 p.): Ecopedagogy - Ecopedagogia, by Greg Misiaszek

(Excerto do original / Excerpt from the original)

Environmentalism is one of many topics in which Freire has been critiqued for not extending beyond issues of class, into, for example, topics such as gender, race, and sexual orientation, among others (Au and Apple, 2007). With environmental issues, Freire did write some powerful words, especially in his later writings, as given below and other passages which are scattered throughout this book.

I do not believe in loving among women and men, among human beings, if we do no become capable of loving the world. Ecology has gained tremendous importance at the end of this century. I must be present in any educational practice of a radical, critical, and liberating Nature. (Freire, 2004)

The notion seems deplorable to me of engaging in progressive, revolutionary discourse while embracing a practice that negates life-that pollutes the air, the waters, the fields, and devastates forests, destroys the trees and threatens the animals. (Freire, 2004)

Freire discussed the inseparability between social and environmental justices, as pedagogies are constructed for transformation through "educational practice[s] of a radical, critical, and liberating Nature" (Freire, 2004). The second quote elaborates on specifics outside of the anthropocentric sphere to include the organic sphere, but also the inorganic with "the waters, the fields". It should be noted again that in this book and past publications of mine (Misiaszek and Torres, 2019), I (along with Torres) have changed his wording of "the world" in the above quote to become "Earth'' -as I have already done up to this point in this book. I/we have utilized this terminology from Freire's (2000) own words in describing a discussion with a peasant on his response to there would be no world without human beings and the social roles between them (Freire's quote given later in this chapter).


(Brazilian Portuguese Translation for publishing)

O ambientalismo é um dos muitos tópicos nos quais Freire tem sido criticado por não estender para além das questões de classe, em, por exemplo, tópicos como gênero, raça e orientação sexual, entre outros (Au e Apple, 2007). Em questões ambientais, Freire de fato escreveu algumas palavras poderosas, especialmente em seus escritos tardios, como indicado abaixo, e outras passagens que estão espalhadas ao longo deste livro.

Não acredito no amor entre mulheres e homens, entre seres humanos, se não nos tornarmos capazes de amar o mundo. A ecologia ganhou uma tremenda importância no final deste século. Eu devo estar presente em qualquer prática educacional de uma Natureza radical, crítica e libertadora. (Freire, 2004)

A noção parece-me deplorável de se engajar em um discurso progressivo e revolucionário, enquanto se abraça uma prática que nega a vida – que polui o ar, as águas, os campos e devasta as florestas, destrói as árvores e ameaça os animais. (Freire, 2004)

Freire discutiu a indissolubilidade entre as justiças social e ambiental, pois as pedagogias são construídas para transformação através de "prática[s] educacional[is] de uma Natureza radical, crítica e libertadora" (Freire, 2004). A segunda citação desenvolve aspecto específicos fora da esfera antropocêntrica, incluindo a esfera orgânica, mas também a inorgânica com “as águas, os campos”. Deve-se novamente notar que neste livro e em publicações anteriores minhas (Misiaszek e Torres, 2019), eu (junto com Torres) mudei sua redação de "o mundo" na citação acima para se tornar "Terra" – como já fiz até este ponto neste livro. Eu/nós já utilizei/amos esta terminologia das palavras do próprio Freire (2000) ao descrever/mos uma discussão com um camponês sobre sua resposta sobre não haver mundo sem seres humanos e os papéis sociais entre eles (citação de Freire mais adiante neste capítulo).